quinta-feira, 15 de maio de 2008

O dom

É cientificamente comprovado que as mulheres tem o "dom" das palavras. Sempre falamos mais, nos expressamos melhor, traduzimos melhor os sentimentos. Tá certo que alguns homens tem esse poder (o que é muuuito raro), mas em termos gerais essa é uma caracteristica feminina. E ai eu pergunto: e quando nós, possuidoras da arte da comunicação, não sabemos o momento ideal para ficarmos caladas?

Que mulher nunca pensou: "falei demais", "falei o que não devia", "falei o que não queria"?!


Meninas, vamos reconhecer, junto com o dom da palavra temos o dom da implicância. É hormonal. É uma maneira louca e absurda de mostrar afeto - vai entender isso.

O que importa é que a gente só implica com quem gosta. E é justo nesse momento que por vezes passamos do ponto. E pensamos: "mas eu só falei pro bem dele (dela)", "foi só pra ajudar"... sim, mas quem recebe a palavra do outro lado nem sempre entende assim... e daí começa uma briga sem sentido. Ou o que é pior, a gente fala porque quer falar mesmo, pra cutucar, pra irritar... e ai começa a briga que já sabiamos que iamos começar e em fim ficamos tristes porque brigamos, porque aquele fim de semana tão legal foi por água a baixo.

POR QUÊ?! Juro que eu to tentando entender e não consigo. Porque temos que dizer depois que ele se arruma que a outra camisa está melhor (quando na verdade não fez diferença)? Ou porque dizer que chegamos mais tarde pois ele escolheu o caminho mais engarrafado (quando na verdade não podiamos saber se as outras opções não estariam tão ruins quanto)?? E coisas do gênero (feminino) que fazemos mesmo.

Calma meninas. Não pensem que eu estou pondo a culpa de tudo em nós. As vezes implicamos porque eles merecem e precisam. As vezes nem é implicância, é a verdade. Também não podemos deixar de ser nós mesmas, deixar de falar as coisas que pensamos. E afinal, amizade não é só dar abraço e rir junto, é poder dizer com honestidade o que se percebe sobre uma pessoa. Poder elogiar e criticar também. E sempre que possível buscar ajuda para melhorar nos pontos falhos.
Mas podemos, e devemos, contudo, prestar atenção nos exageros. Pensar nos momentos em que a crítica não se faz tão necessária, e principalmente, o quando ela pode magoar a outra parte!