sexta-feira, 13 de junho de 2008

Revolta


Hoje estou muito brava. Realmente muito.
A gente se esforça, estuda, em alguns casos demanda um ano da vida (ou dois, três) frequentando um cursinho, nos preparando para enfrentar o vestibular para uma instituição pública.
No meu caso sempre foi um sonho. Eu queria muito estudar em uma Universidade Federal e consegui. Gosto muito de onde estudo. Nenhum lugar é perfeito, mas estou satisfeita. Ou estava, até o presente momento, pois, infelizmente existem maus proficionais que podem denegrir a imagem do local.
Expliquem-me como um professor de universidade se propõe a não dar aula de verdade, a lecionar e não apenas estar presente em sala de aula? Passa um período inteiro pedindo que os alunos tragam na aula seguinte um trabalho sobre um tema do qual ele não falou. Não dá nenhuma explicação coerente, não tira nenhuma dúvida e após corrigir alguns trabalhos seguindo um critério confuso, onde quase todos os alunos tiraram notas muito baixas, ele resolve esquecer as notas que já deu e presentei a todos com "zero". Uma nota que caiu de para quedas sobre todos os trabalhos corrigidos e os não corrigidos. Trabalhos que levaram tempo e sacrificio de alunos e que nem se quer foram lidos. Então, num momento de espírito de porco, resolve dar uma única prova, considerada "final". Resultado: média de 57 reprovações numa turma de 60 alunos.

Sabe, não me incomodo de ser reprovada numa disciplina quando eu REALMENTE não estudei, não me esforcei. Agora com que direito uma pessoa dita uma nota simplesmente porque quer? Eu, assim como outros, me esforcei, fiz os trabalhos, dediquei tempo, sono, e fiz, não colei. No segundo trabalho corrigido por ele obtive nota 7,0. E então como fico com média 1,0 se ele nem corrigiu os outros trabalhos?
Se ele me provar que fiz péssimos trabalhos eu aceito. Mas pra isso ele precisa corrigi-los. Eu aceito uma reprovação, mas aceito uma reprovação justa. Eu quero saber TODAS as minhas notas. Eu quero ter certeza que reprovei por (falta) de mérito, mas não porquê um ser que se acha supremo resolveu acordar de mal humor e descontar os problemas dele em pessoas que não tem nada a ver com a sua vida.

Chorei. Meus amigos disseram que não valia a pena derrarmar uma lagrima por ele. Expliquei que não chorei de tristeza. Chorei de raiva. De revolta.
Quero muito acreditar que instituição de ensino realmente faça alguma coisa. Estamos levando o problema ao conselho de professores.
Agora sim eu vou saber se valeu a pena o meu esforço para passar no vestibular de uma universidade pública. Veremos se a razão vence a insanidade nesse confronto!

2 comentários:

Ph disse...

Olha, o mundo acadêmico tá cheio desse tipo de gente. O q me dá mais raiva é como uma pessoa se mantém num emprego, almejado por tantos, desse jeito?
Ao mesmo tempo, outra questão se torna clara na minha cabeça, tem-se o costume de achar q por ser uma instituição pública, as coisas tem de funcionar de qq jeito, com pessoas q trabalham como bem entendem e no final, dando-se o velho "jeitinho brasileiro" pra justificar o serviço seboso realizado por esse indivíduo. Como no país da história cíclica, os fins justificam os meios, encontro a resposta para a pergunta feita no começo do comentário.
Nunca repeti tanto essa frase, como nesses dias: Tem horas q dá um orgulho danado de ser brasileiro, viu?

lonelymoon disse...

vixi tha, isos é muito chato mesmo, mas vcs tem como questionar isso, existe uma lei ae que qndo mais da metade da turma é reprovada eles podem da queixa do professor e isso é investigado (sei que existe essa lei pq tive que fazer isso qndo estudei na facul particular) a faculdade foi obrigada a repor a materia pros alunos com o mesmo professor ou outro, basta vc ir da queixa na ouvidoria.
Faça isos, n deixe passar em branco n!
A gente se fode e se mata pra um fds ferrar com a gente, florida né?
Boa sorte ae!
=*